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Da 25 à Liberdade em 10 minutos

13/12/2009

Sargento da guarda municipal e eu, no Hospital do Servidor, depois do incidente

Sirenes ligadas e eu dentro da viatura da Guarda Municipal de São Paulo. Quem andava pelas calçadas e dirigia entre a 25 de Março e Bairro da Liberdade podia até imaginar que eu e as minhas amigas Íris e Dani estávamos sendo presas. Mas não era nada disso.

O sargento (na foto) e outro guarda (na confusão, não consegui anotar o nome deles) foram extremamente atenciosos comigo naquela terça-feira, dia 1 de dezembro.

Após um incidente na Rua 25 de Março, eles  me levaram para o Hospital do Servidor. Lá esperei cerca de meia hora para ser atendida. Tinha que fazer uma radiografia do meu pé direito.

Explico: andava com as minhas amigas na 25. Estávamos super felizes, pois tínhamos comprado um monte de bijoux lindas, e o próximo passo seriam as bolsas. Nhami, bolsas, o sonho/pecado de consumo de toda mulher. E baratinhas como na 25, então, melhor ainda.

Resolvemos andar mais uma quadra antes de voltar para casa. Na hora de atravessar a rua (na faixa) estava focada nas bancas bem à frente. Destraída, pensava nas bolsas de correntinha que queria achar para a Dani. Nem deu tempo de pensar, só senti uma dor cortante no meu pé direito.

Quando olhei para baixo, vi as rodas de um carrinho de carga passando por cima dos meus dedinhos. Naquela hora, soltei um grito de dor. As lágrimas vieram à tona e só conseguia pensar nos meus dedos sendo esmigalhados.

No momento seguinte, pensava na São Silvestre. Me via com o pé engessado e sem poder sair de casa. Abracei a Dani eu não conseguia parar de chorar. Vários guardas municipais e pessoas que estavam passando por ali pararam para ajudar. Alguns falavam para tirar o sapato, outros para colocar o pé no chão e tentar mexer os dedos.

Uma menina da Guarda Municipal perguntava se eu queria ir ao hospital, mas eu não conseguia responder. Abraçava a Dani cada vez mais forte. Ela disse que a gente não iria para o hospital, que decidiria depois. A Dani estava tão assustada quanto eu, não sabia o que fazer.

Nesse momento, os dois guardas civis chegaram de carro e falaram para entrarmos. Levamos dez minutos da 25 até o Hospital do Servidor. Foi uma viagem atordoante, cheia de curvas e freadas. Finalmente no hospital, uma médica me atendeu (muito mal humorada) e me encaminhou para o Raio-X.

Teria de esperar em pé para a radiografia, e tinha umas cinco pessoas na fila. Resolvi ligar para o meu plano de saúde, e pedir indicação de um hospital particular ali perto. Me falaram para ir ao Hospital Bandeirantes.

Fomos de táxi e depois de fazer a ficha levou apenas cinco minutos para ser atendida. Resultado: depois da radiografia, o médico me deu certeza que era apenas uma luxação. Nem um ossinho estava quebrado ou fora do lugar, para a minha sorte. Como cuidados, receitou um anti-inflamatório e repouso por uma semana.

Isso aconteceu há pouco mais de uma semana, mas só agora tomei vergonha para escrever. Só neste sábado, depois de dez dias, voltei a correr. Fiz 6km no Ibirapuera, com o tempo de 37min.

Agora que estou recuperada, retornei ao meu treinamento para a São Silvestre. 🙂

2 Comentários leave one →
  1. 14/12/2009 11:26 AM

    Ainá!!!
    Que máximo!!! Lembra que encontrei você e o Beto naquele dia da sua primeira corrida? Não tinha ideia que seus planos chegavam à corrida de São Silvestre… Muito legal!!!
    Também admiro os corredores… Quem sabe um dia eu consigo…
    Bjs, boa sorte!!!!

  2. 14/12/2009 11:31 AM

    Ainá, lamento o que lhe ocorreu, mas fico muito feliz que você poderá correr a São Silvestre. Que bom! beijos, Joel

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